quinta-feira, 29 de julho de 2010

Abril


De onde saiu o choro tímido, nasceu a poesia, a música, a saudade.
Exatamente nessa ordem.
Foi tudo muito loco, não deu tempo de pensar, quando vi, foi.
Do banco pra mensagem,
da mensagem pro e-mail,
do e-mail pro telefone.
Imagem... imagens...
Voz entrecortada.
Paulista.
Gaúcha.
"Guinga"... "beija eu"... "almas em chamas"... "Soledad"... "Futuros amantes"...
Gol.
Webjet.



"Te vi, te vi, te vi... yo no buscaba nadie y te vi."
Fito Paez - Un Vestido Y Un Amor (Te Vi)



terça-feira, 27 de julho de 2010

Do diário ao arquivista mala

O inverno chegou no sul. E eu que pensei que depois da operação nas amígdalas não teria mais dor, psi... doce ilusão... passo a pastilha e paracetamol. Fora que não arredo o pé de casa, resultado: a saia que comprei a 15 ou 30 dias (adoro que to sempre perdida no tempo), não serve mais!! O pior é que não tenho ânimo nenhum, pra fazer exercício e menos ainda de fechar a boca. As férias da faculdade terminam dia 9, e eu trabalho 8h por dia essa semana, porque graças a deus arrumaram uma criatura pra ficar no meu lugar.
Eu sempre deixo para colocar o título da postagem depois que já escrevi o texto. Logo, a de hoje vai ser necessariamente "meu querido diário".

Eu sempre falo mal das pessoas que colocam nas redes até o que querem comer, o que estão fazendo naquele exato momento, e hoje estou fazendo a mesma coisa. Na real, esse guri que está trabalhando aqui está tirando a privacidade dos meus pensamentos. Ele fica cantando as músicas que coloco, tudo ele sabe cantar, tudo ele já viu aff. Assim eu não consigo produzir, e o pior de tudo é que escrachadamente eu não trabalho mais mesmo, agora já declarei a minha internet. Normalmente as minhas postagens são de coisas sutis que ouço ou vejo, mas no momento não to tendo tempo para me ater nos pensamentos, não ta rolando fazer uma ligação entre os acontecimentos, quando eu acho que vai fluir alguma coisa, ele me pergunta, "onde arquivo o balanço?" "Vamos excluir esse dado do sistema?" Aja paciência! Agora acho que o nome do post vai ser "o mala do arquivo". Tá, vai passar... Segunda estarei bem longe, no calor... Tudo vai mudar de figura.

Eu queria ter escrito alguma coisa relacionada ao Show do Drexler, que fui no domingo... Trouxe a tona sentimentos em mim. Foi muito lindo, valeu muito a pena ficar 5 horas na fila. Mas não vou escrever sobre isso, deixo uma música que ele tocou como recordação.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Acasos

Do trajeto de casa para o trabalho comecei a observar coisas que pareciam engraçadas, mas que depois me fizeram pensar nos acontecimentos ao acaso.
Vi um casal, um era "gordo" e o outro "magro", bem magro. Vi uma mãe brincando com o seu filho de colo. Vi um homem que parou na rua e largou o copo no muro para atender o telefone. Depois disso tropiquei e quase cai na poça d'água, certamente isso foi engraçado para alguém que também estava observando as coisas como eu estava. Pode ser viagem minha, mas faço aquela rota a 3 anos, imagina se eu registrasse em um livro, ou através de imagens essas cenas "comuns" do dia a dia, será que seria interessante? Bom talvez remetesse até a o momento da minha vida quando presenciei o fato. Quando cheguei na perereca, (já expliquei em algum post o significado dessa expressão), fiquei pensando no trajeto daquelas pessoas, no planejamento delas pra chegar até ali onde eu estava. Será que estavam indo trabalhar? saindo da casa da namorada, indo comprar maconha? Será que estavam felizes ou tristes? Com grana ou sem. Será que também já pensaram na mesma coisa que eu? Será que nos conhecíamos de algum outro lugar... Já ouvi dizer, não sei se é bem assim a história, mas que todas as pessoas no mundo se conhecem através de algum amigo em comum até o quinto grau. Tipo aquela história, ou melhor a minha. Eu moro com a prima de uma ex colega minha de trabalho, que por coincidência ou não era uma das melhores amigas de uma colega minha da faculdade que tmb é super minha amiga. Qual seria a probabilidade disso acontecer, se uma apresentasse a outra, ou sei lá, foi o acaso. Depois que isso aconteceu, comecei a achar super pertinente essa história que ouvi, e como as coisas que acontecem ao acaso são muito melhores do que aquelas que agente tem alguma expectativa. Em abril tmb estava com "nojinho" dos homens, e não é que totalmente desinteressada conheci um que mudou tudo. Agora que me perdi total no assunto, fiquei rateando... porque estou escrevendo isso? tá, alguém vai responder que "no atual mundo da era tecnológica, as pessoas não prestam mais atenção umas nas outras" blá blá... Mas na real, eu acho que isso acontece e bastante, mas não é um fato "importante" para compartilhar. Imagina se eu chegasse na recepcionista e falasse: "olha Mich, vindo pra cá hoje, observei um casal, um era "gordo" e o outro "magro", uma mãe brincando com o seu filho de colo, um homem que parou na rua e largou o copo no muro para atender o telefone. Depois disso tropiquei e quase cai na poça d'água." Ela ia falar, mas e ai? o que eu tenho a ver com isso? ou o que aconteceu depois.... Ou seja, não há um propósito em contar isso a alguém. Mas enfim, contei agora... azar.

terça-feira, 20 de julho de 2010

"Mulher bonita? mas vai trabalhar no Shopping!"

Depois de um final de semana chuvoso e desanimado regado a muito trago, certamente na terça seria um dia ensolarado. Certamente, pois estou trabalhando, logo, não aproveitei nenhum raio de sol. Mas tudo bem, pensei que não teria mais vontade de escrever depois que tivesse curado a minha dor de cotovelo, mas não é que to aqui. Tudo bem, eu vou falar mal dos homens, mas uma coisa não está ligada diretamente a outra... não diretamente, psiiiii

É sério, hoje eu poderia escrever sobre qualquer coisa, exemplos... acordei as 7h pra comprar o Ingresso do Show do Jorge Drexler, finalmente confirmei minha viagem, quinta tem função com as gurias, enfim, tinha assunto. Mas é inevitavel não falar mal dos homens depois de ter ouvido isso: "Mulher bonita? mas vai trabalhar no Shopping!"

Eu olhei, franzi a testa com incredulidade e segui pra perereca ( perereca é o apelido carinhoso que dou para o arquivo onde trabalho, pois é um lugar, frio, úmido, escuro...).

Essa é uma das típicas frases que na hora tu fica pensando, mas da onde surgi?? Putz... Porque eles tem essa teimosia em minimizar o potencial feminino? Como se só mulher bonita pudesse trabalhar no Shopping ou mulher bonita tem que servir de vitrine pros homens ficarem admirando.

Fiquei puta com a frase, mas não to na pilha de ficar citando as inúmeras capacidades das mulheres, ou das profissões em que se destacam bla bla...

A primeira coisa que pensei foi, "mas quem será a mulher desse otário?" se é que ele tem uma.

Era uma vez... numa terra muito distante...uma princesa linda, independente e cheia de auto-estima.
Ela se deparou com uma rã enquanto contemplava a natureza e pensava em como o maravilhoso lago do seu castelo era relaxante e ecológico...
Então, a rã pulou para o seu colo e disse: linda princesa, eu já fui um príncipe muito bonito.
Uma bruxa má lançou-me um encanto e transformei-me nesta rã asquerosa.

Um beijo teu, no entanto, há de me transformar de novo num belo príncipe e poderemos casar e constituir lar feliz no teu lindo castelo.
A tua mãe poderia vir morar conosco e tu poderias preparar o meu jantar, lavar as minhas roupas, criar os nossos filhos e seríamos felizes para sempre...
Naquela noite, enquanto saboreava pernas de rã sautée, acompanhadas de um cremoso molho acebolado e de um finíssimo vinho branco, a princesa sorria, pensando consigo mesma:
- Eu, hein?... nem morta!
(Luís Fernando Veríssimo)





segunda-feira, 19 de julho de 2010

Permanentemente Mutável

PASSOU!!!!!!

Minha fase passou!! Que ótimo. Estou convicta disso, pois o tempo ainda está horrivel hoje, mas cheguei no trabalho e ouvi "primavera do Tim Maia" e isso não me afetou! Normalmente quando se está com dor e cutuvelo, como eu estou/estava a essas alturas estaria com os olhos vermelhos e com um enorme beiço, e detalhe, de mal humor com o mundo.

Depois dessa maré de inferno astral fora de época, me liguei que tenho duas viagens marcadas para essas férias, já fiz o planejamento das disciplinas que vou cursar em 2010/02 e agora estou procurando alguma atividade de lazer.

Incrível, mas depois de semanas de noites mal dormidas, eu não tive pesadelos ontem. Dormi bem e estou empolgada com o andamento das coisas como há tempos não ficava.

Eu não queria que meu blog ficasse com cara de diário, mas foi inevitável, azar. Provavelmente eu fale de algumas coisas interessantes, mas não prometo.

"Da primeira vez ela chorou....

...mas resolveu ficar.
É que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar.
Depois perdeu a esperança, porque o perdão também cansa de perdoar."
(Toquinho e Vinícius de Moraes)

domingo, 18 de julho de 2010

Finalmente





Sábado e domingo de chuva, frio, nuvens, céu acinzentado, total clima bucólico. Perfeito para não estar só. E não é que foi bem assim que aconteceu... Mas a teimosia do taurino surtiu efeito, finalmente.

Quando não se tem respostas é preciso correr atrás delas, no meu caso, e nesse caso, se ficasse esperando teria que ter paciência, e isso sempre me faltou. Mas hoje foi positivo, felizmente tive a resposta que estava ansiando a semanas, que me fez beber horrores, fumar horrores, dormir horrores, comer horrores.... vou ter que recuperar isso. Mas tudo bem, final do luto, cara inchada de lágrimas isso parece péssimo, mas não, eu vejo como saldo fazendo o balanço final.

Não é novidade cair do cavalo pra mim. Foram diversas vezes e várias com a mesma pessoa, agora até soa engraçado lembrar. Enfim... Acho que é o fim da minha fase, dessa fase.

Vamos ver o que me aguarda pra semana.


"O certo é que eu dancei sem querer dançar
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar, procurei sem encontrar
A palavra certa,
A hora certa de voltar,
A porta aberta,
A hora certa de chegar..."
(Eu que não amo você / Engenheiros do Hawaii)

sábado, 17 de julho de 2010

"Eu escrevo sem esperança de que o que eu escrevo altere qualquer coisa. Não altera em nada... Porque no fundo a gente não está querendo alterar as coisas. A gente está querendo desabrochar de um modo ou de outro..." (Clarice Lispector)

Preto no Branco

A semanas eu estou me perguntando, porque é tão difícil dar a real?

Não é magoar os sentimentos ou qualquer coisa que possa parecer, é só falar a verdade, não precisa nem ser cara a cara, pode tranquilamente usar outro meio de comunicação, desde que o faça!

Porque tem pessoas que pensam que todo mundo sente os sinais do fim? Tem pessoas - e esse é o meu caso - que precisa que desenhe. Só os sinais pra mim infelizmente não bastam.

Relendo parece até que sou fatalista demais, ou que foras e tocos não estão sendo dados a todo momento no mundo e de diversas formas, muito mais do que se deseja receber, até os animais dão fora!
Compreendo que as vezes não descartamos de fato alguma coisa que um dia podemos precisar, mas enquanto isso? Como a pessoa que foi deixada em standby fica? O que ela deve fazer? Que puta egoismo...
Enquanto fico sem as minhas respostas...

Meio termo
Água morna
Meias respostas...
Qualquer coisa entre o 8 ou 80 não me satisfaz!


sexta-feira, 16 de julho de 2010

ORAL



ânsia... boca
saudade... boca

tesão... boca
falta... boca
grito...boca
choro... boca
critico... boca
fase!

"Domar as palavras. Não dizer coisas ridículas. A saudade de uma semana, a ausência de notícias, se levou pontos no sobrolho, se está bem, se tem quem lhe cure as feridas. Chego a gostar dos cães que mordem. As visitas ao mail e o espiar das estatísticas não passam de sintomas vulgares dos setembros a sul. Não passa disso. "

Tempo...

Quando corro não me questiono, mas quando choco, paro....

Porque o tempo passa de forma diferente?


O Tempo

A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.

(Mário Quintana)