quinta-feira, 11 de novembro de 2010
Coisa de mulher
Eu pego teu telefone.
Trago de ontem no bar com as gurias.
Uma semana depois e eu não liguei, nem vou ligar.
Eu só queria sexo.
Já paguei a conta.
Direitos iguais!
sábado, 6 de novembro de 2010
Fitinha do Bonfim: eu tinha
Então vá!"
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
Não podemos ser felizes sozinhos?
Nelson Cavaquinho/Alcides Caminha/Guilherme de Brito
domingo, 17 de outubro de 2010
Ócio
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Livros
Quase não tínhamos livros em casa
E a cidade não tinha livraria
Mas os livros que em nossa vida entraram
São como a radiação de um corpo negro
Apontando pra a expansão do Universo
Porque a frase, o conceito, o enredo, o verso
(E, sem dúvida, sobretudo o verso)
É o que pode lançar mundos no mundo.
Tropeçavas nos astros desastrada
Sem saber que a ventura e a desventura
Dessa estrada que vai do nada ao nada
São livros e o luar contra a cultura.
Os livros são objetos transcendentes
Mas podemos amá-los do amor táctil
Que votamos aos maços de cigarro
Domá-los, cultivá-los em aquários,
Em estantes, gaiolas, em fogueiras
Ou lançá-los pra fora das janelas
(Talvez isso nos livre de lançarmo-nos)
Ou o que é muito pior por odiarmo-los
Podemos simplesmente escrever um:
Encher de vãs palavras muitas páginas
E de mais confusão as prateleiras.
Tropeçavas nos astros desastrada
Mas pra mim foste a estrela entre as estrelas.
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Dedico
TODO MUNDO...MENOS EU |
Chegou um dia no pago, mui perfumada e faceira. Morena, meiga, trigueira, mais linda do que uma flor. Prenda dessas que ao vê-la, por mais taura que se seja, até a alma fraqueja e mata a gente de amor! Foi um Deus-nos-acuda! A indiada se alvorotou! E até um velho que a olhou de amores enlouqueceu! Todo mundo andava louco e o seu amor implorava! Todo mundo a disputava... todo mundo...menos eu! Quando ela passava, catita, num meneio encantador, o índio mais peleador gemia de amor contido! E se ela dava-lhe um riso, aquele nunca esquecia e a todo mundo dizia que estava de amor perdido! Perdidos viviam todos, por tal amor brejeiro. Cada qual era o primeiro a querer um riso seu! E as vezes, por desconfiança, muito índio se atracava! E todo mundo peleava, todo mundo...menos eu! Era uma flor atrevida capaz de matar de amor! Seu olhar tinha um ardor que queimava o coração! Por mais duro que se fosse ao vê-la a gente tremia. E todo o pago curtia as dores duma paixão! Se acaso ia num baile, havia, certo, peleia. E quanta pendenga feia! E quanto cuera morreu! Pois na hora de uma dança a indiada se atropelava e todo mundo a requestava, todo mundo...menos eu! Uma vez o patrão da estância a levou para um ranchito. Mas nunca viveu solito pois em grande romaria; gaúchos, velhos e moços, não contendo os seus amores, lá iam levar-lhe flores e outros mimos, todo dia! Enfeitavam aquele pouso com ramos verdes plantados, como brindes, disfarçados, ao novo lar que nasceu. Mas em verdade, queriam vê-la cada vez mais bela! E todo mundo era dela, todo mundo...menos eu! E assim, gozando venturas, rainha, dona de tudo, aquele olhar de veludo, trouxe a tristeza pra o pago... Tristeza, talvez ventura, pois até valia a pena sofrer por essa morena na esperança dum afago! Um dia, porém, a diaba, se alçou assim, num repente. Ah! Meu Deus! Aquela gente parece que enlouqueceu! Muito índio se matou de tanto, tanto que amava! E todo mundo chorava, todo mundo...menos eu! Mas o tempo, esse tirano que destrói até a memória, foi apagando na história aquele causo de amor. Voltou a paz no rincão, o riso de novo impera e no rancho, hoje tapera, ninguém mais planta uma flor! Seu vulto, não mais recordam. E dele, ninguém mais fala. Se alguém lembra, logo se cala mostrando que já a esqueceu. Pois a linda flor trigueira, que eu nunca vira tão bela, todo mundo esqueceu dela, todo mundo...menos eu! Dica: Página do gaúcho. Poemas declamados. http://www.paginadogaucho.com.br/pdec/index.htm |
terça-feira, 7 de setembro de 2010
Inconvenientes
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Tomou teu remedinho hoje?
quarta-feira, 11 de agosto de 2010
terça-feira, 3 de agosto de 2010
Suicídio de Baiano
domingo, 1 de agosto de 2010
Bermuda e Regata
Marcelo
Mas não é qualquer um
Ele tem um sotaque peculiar aos ouvidos de uma gaúcha
Tem um olhar instigante e inebriado
Trouxe de volta o "tum-tum" no coração da morena
Mas deixou saudades...
Saudades de não recordar
De um sentimento não registrado
Aconteceu?
Se encontrares
Diga que não o esqueci
Talvez jamais o veja novamente
Mas que saibas
Não há lonjura nem tempo ruim que perpasse a eternidade
Para um sentimento que não foi,não é e nem tanto será
Efemero
quinta-feira, 29 de julho de 2010
Abril
terça-feira, 27 de julho de 2010
Do diário ao arquivista mala
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Acasos
terça-feira, 20 de julho de 2010
"Mulher bonita? mas vai trabalhar no Shopping!"
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Permanentemente Mutável
...mas resolveu ficar.
É que os momentos felizes tinham deixado raízes no seu penar.
Depois perdeu a esperança, porque o perdão também cansa de perdoar."
domingo, 18 de julho de 2010
Finalmente
E agora já nem sei qual é o meu lugar
Dia e noite sem parar, procurei sem encontrar
A palavra certa,
A hora certa de voltar,
A porta aberta,
A hora certa de chegar..."
sábado, 17 de julho de 2010
Preto no Branco
sexta-feira, 16 de julho de 2010
ORAL
ânsia... boca
Tempo...
O Tempo
Quando se vê, já são seis horas!
Quando de vê, já é sexta-feira!
Quando se vê, já é natal...
Quando se vê, já terminou o ano...
Quando se vê passaram 50 anos!
Agora é tarde demais para ser reprovado...
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
Seguraria o amor que está a minha frente e diria que eu o amo...
E tem mais: não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará.
(Mário Quintana)